(45) 3321-1449

A educação é aliada para aliviar as tensões do caos pós-moderno

quinta, 03 de outubro de 2024

CACIOPAR

Jamais na história da civilização as pessoas e as corporações foram bombardeadas com tantas novidades e mudanças simultaneamente como agora. O arsenal de lançamentos é tão absurdo que é praticamente impossível acompanhá-los à medida que são apresentados. Uma das inovações mais recentes, e que toma o mundo com velocidade espantosa, é o ESG, conceito voltado à sustentabilidade que recomenda posturas responsáveis nas áreas ambiental, social e de governança.
O 7º Congresso da Caciopar, realizado no dia 20 de setembro, no Sesc Hotel Fazenda, em Cascavel, detalhou o assunto. Para um público formado por 300 empresários, o professor e ex-reitor da Universidade Federal do Paraná, Zaki Akel Sobrinho, apresentou o tema ao falar de Educação que transforma, inovação que multiplica. Ao fazer referência aos desafios da pós-modernidade, Zaki empregou uma frase célebre de Jack Welch, CEO da norte-americana General Elétrica e autor de best-sellers.
“Se você não está confuso, você não sabe o que está acontecendo”, escreveu Welch em uma de suas obras, citando o crescente turbilhão de informações e novidades que chegam às pessoas. “Estamos todos atônitos com tanta mudança e não sabemos ao certo a direção a seguir”, reconheceu Zaki. O Brasil, seguiu ele, é um país fora da curva e merece ser estudado, porque mesmo diante de uma crise mundial de empregos aqui, principalmente no Oeste do Paraná, há milhares de vagas não preenchidas. Entretanto, em algum momento o choque de realidade que já desafia o planeta também baterá à nossa porta, afirmou o professor.
Alguns sinais de que as novidades estão chegando já são detectados. Exemplo é a redução no número de inscritos no vestibular, apagão de docentes e aumento do número de jovens que nem estudam nem trabalham. A multiplicação das inteligências artificiais é outro fator que amedronta, segundo Zaki. “As IAs estão mudando a vida da gente, mas o melhor conselho é se aproximar e entender como essas tecnologias funcionam”. O professor está do lado dos otimistas, que entendem a novidade como aliada dos humanos na execução das mais diferentes tarefas. “Elas permitirão agregar valor ao que se faz”.

Adaptação

Mesmo sem desviar os olhos do futuro, nunca é demais rever o que antigos gênios concluíram. O naturista e geólogo britânico Charles Darwin, o “pai” da teoria da origem das espécies, constatou que não é o mais forte nem o mais inteligente que sobrevive às mudanças, e sim o que melhor se adapta a elas. A educação é um dos segmentos que precisam se reinventar e um dos caminhos está em fazer do aluno o protagonista, e do professor, o mentor. Nesse processo, conforme Zaki, o estudante se apodera do conhecimento e aprende fazendo.
A sala de aula deve incorporar elementos de sucesso em outros setores, como competições, jogos e gamificação, estratégias para tornar o ensino lúdico e interessante. “E o que isso tem a ver com ESG”, perguntou o ex-reitor da Federal do Paraná, para então concluir: tudo, porque tudo começa pela educação. 
O aprendizado tem que se dar em qualquer tempo e lugar, ser personalizado, desenvolver habilidades, competências e instigar o pensamento criativo. E as empresas precisam, cada vez mais, estar conectadas às IAs, BigData, gestão de talentos e flexibilidade.

Inovar
Zaki apresentou estudos apontando que o ESG trará impactos em 80,6% das corporações e 44% das habilidades dos trabalhadores sofrerão mudanças. “Inovar e não ficar parado é o antídoto para minimizar riscos. Inovar é criar meios para alcançar e materializar ambições de crescimento do negócio”. O professor encerrou dizendo que 41% dos Ceos de empresas brasileiras não acreditam que suas organizações sobreviverão sem inovar.

 

Crédito: Assessoria

Fonte: Caciopar.org.br

Galeria de Fotos