Notícia
sexta, 12 de abril de 2013
Índios querem 10% da área cultivável do Oeste. Polêmica foi tema de reunião em M
A demarcação de terras na região de fronteira foi tema de reunião realizada em Mercedes no último dia 08 junto a Casa da Cultura. Participaram do encontro representantes da Cooperativa Integrada, deputado federal Dilceu Sperafico, prefeita de Mercedes Cleci Loffi, vice-prefeito, secretários, vereadores, agricultores e contou com a participação do presidente da Organização Nacional dos Direitos de Propriedade, Roberto Weber e de representantes da Fundação Nacional do Índio, Funai.
Na região Oeste do Paraná, os índios da tribo avá-guarani, distribuídos em Guaíra, Terra Roxa e Santa Helena, estão aguardando a demarcação das terras. Esta tribo exige uma área de 100 mil hectares. Este número representa 10% da área cultivável do Oeste.
Orientações estão sendo repassadas aos produtores rurais em diversos municípios para que tomem as medidas necessárias e preservem suas propriedades.
Hoje as reservas indígenas somam 113 milhões de hectares, ou seja, mais de 13% do território nacional. A divisão de mais terras aos indígenas preocupa principalmente a agricultura, isso porque as terras determinadas aos índios não são plantadas. Um total de 162,6 milhões de toneladas de grãos são provenientes de 49 milhões de hectares e correspondem a 6% do território brasileiro. Na área indígena de 106,7 milhões de hectares, o que representa 12,5% do Brasil onde nada é produzido. A nova demarcação causaria um grande impacto econômico pois a agricultura é a base da economia do país.
Segundo o agricultor Valdemiro Bruch, índios teriam se deslocado até a propriedade dele em Mercedes e isso o amedrontou. “Estou muito preocupado. O agricultor que produz está preocupado e quer que algo seja feito para reverter essa situação. Temos medo que nossas propriedades sejam invadidas. A produção nacional sai da lavoura de quem trabalha e os índios não utilizam as terras para produção. Todos estão preocupados”, disse.
De acordo com o presidente da Organização Nacional dos Direitos de Propriedade, Roberto Weber, a situação tem causado medo e efeitos em todo o país. “A ONG tem a intenção de informar e por isso realizamos encontros para orientar os produtores. O que está acontecendo realmente é grave. Devido ao poder que foi dado a Funai, os índios têm muitos direitos e o governo precisa se mobilizar. Nós pretendemos fazer uma mobilização de nível nacional visando o fim desse dilema”, expôs.
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