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Notícia

quinta, 09 de julho de 2009

ACIFI participa de grupo formado para impulsionar projeto de expansão ferroviári

O vice-presidente de Comércio Exterior da Associação Comercial e Industrial de Foz – ACIFI, Mário Alberto C. Camargo, é o nome indicado pela associação para compor o Grupo Impulsor do Projeto de Expansão do trecho Cascavel, Foz do Iguaçu, Puerto Presidente Franco da Ferroeste. A viabilidade da construção do ramal e a sua importância no contexto econômico foram assuntos debatidos durante a reunião promovida na ACIFI e que contou com a participação de mais de 40 pessoas, ligadas às cooperativas da região Oeste do estado, e também do Paraguai; dos prefeitos de Santa Terezinha de Itaipu, Ana Carlessi e de Medianeira, Elias Carrer; representantes do poder público de Foz do Iguaçu e São Miguel do Iguaçu; empresários e demais autoridades. A exposição realizada na segunda-feira, dia 6, durou mais de três horas. Samuel Gomes, presidente da Ferroeste, explicou os avanços na expansão da malha ferroviária, principalmente no trecho Guarapuava-Paranaguá, e também o ramal de Guairá, que abre possibilidade de extensão até o Mato Grosso do Sul, uma conquista resultante do trabalho de articulação do governador daquele estado junto ao Codesul. Conforme destacou Gomes, as discussões em torno do ramal da Ferroeste para Foz do Iguaçu dependia também da vontade política do Paraguai, que até então não havia traçado um plano concreto para o setor ferroviário. O diretor de Comércio Exterior da ACIFI, Mario Alberto Camargo, considera a Carta de Foz - documento elaborado a partir das discussões da reunião - e a criação do Grupo Impulsor “um marco” nas discussões sobre a extensão da ferrovia na região. “A parceria dos paraguaios vai justificar a vinda do ramal da Ferroeste até Foz do Iguaçu”. Para o diretor, a ferrovia pode ser auto-sustentável. “É um investimento que vai se pagar”, disse, lembrando ainda que a possibilidade de transportes de passageiros poderá implementar o turismo de Foz do Iguaçu. Após a elaboração e aprovação da Carta de Foz, Samuel Gomes, Mário Camargo e o presidente da ACIFI, Rodiney Alamini, acompanhado do diretor executivo da associação, Dimas Bragagnolo, reuniram-se com o prefeito Paulo Mac Donald Ghisi. O encontro aconteceu na terça-feira, dia 7, no gabinete do prefeito, que conheceu mais detalhes do projeto de extensão da Ferroeste. "Demos um grande passo aqui na fronteira”, disse o presidente da Ferroeste, Samuel Gomes: “A Carta de Foz do Iguaçu se soma a outras manifestações firmes e corajosas como a Carta de Chapecó, a Carta de Florianópolis, e o Pacto Oeste – que unifica nosso projeto no eixo Cascavel-Guaíra. Estamos construindo no braço, no dia-a-dia da luta política e social, a realização deste grande sonho. A Ferroeste é hoje um forte e irreversível movimento social para o desenvolvimento econômico, social e cultural da América do Sul”, resumiu o presidente da Ferroeste. Para o presidente da ACIFI, Rodiney Alamini, o ramal da Ferroeste e suas potencialidades econômicas, somado a outros projetos como a hidrovia Paraná-Tietê, instalação da Unila, entre outros, aponta o rumo promissor do desenvolvimento da cidade. Comissão Além de Mário Camargo, o Grupo Impulsor do Projeto de Expansão do Trecho Cascavel-Foz do Iguaçu- Puerto Presidente Franco é formado pelos seguintes integrantes; Arney Antonio Frasson (Acepar), Lauro Soethe (Cooperativa Agroindustrial Lar), Elias Carrer (prefeito de Medianeira), Volnei Antônio Adamante (vice-prefeito de São Miguel do Iguaçu), Ana Carlessi (prefeita de Santa Terezinha de Itaipu) e Wádis Benvenutti (secretário municipal de Planejamento Urbano de Foz do Iguaçu). A Carta A Carta de Foz tem como objetivo a integração ferroviária, no lado brasileiro, entre Paranaguá–Lapa–Irati–Guarapuava-Cascavel–Foz do Iguaçu, incluindo a construção de uma ponte ferroviária, bimodal ou ferroviária, entre Brasil e Paraguai, a implantação de um ramal entre Puerto Presidente Franco e Pilar, no Paraguai, até Resistência, na Argentina. A malha é parte integrante do Corredor Ferroviário Bioceânico ligando os portos de Paranaguá, no Atlântico, a Antofagasta/Mejillones (Chile), no Pacífico. Para acelerar a concretização da ferrovia, a Carta de Foz propõe que os projetos, a estruturação financeira e a construção dos ramais deve ser dividida em três módulos: o ramal da Ferroeste Guarapuava–Paranaguá; o trecho Cascavel–Foz do Iguaçu (BR)–Puerto Presidente Franco (PY); e Puerto Presidente Franco–Pilar (PY)–Resistência (ARG). Segundo a Carta de Foz, a construção dos ramais da Ferroeste unindo Guarapuava a Paranaguá e Cascavel a Foz do Iguaçu, promoverá transformações econômicas, sociais, culturais e ambientais em toda a região, garantindo ao Paraguai, país mediterrâneo, ligação por ferrovia ao Porto de Paranaguá, projeto desenhado desde 1876, e ao novo porto público paranaense do Mercosul, em Pontal do Paraná. Foz do Iguaçu terá sua economia estimulada pelo barateamento do transporte de cargas e pelo turismo ferroviário. Segundo o documento, cada módulo tem igual importância e prioridade, embora o ramal Guarapuava-Paranaguá da Ferroeste tenha prioridade lógica, por ter como um dos objetivos eliminar o “gargalo” logístico existente na atual ferrovia concessionada à ALL. O documento defende a gestão pública da ferrovia e conclui: “requeremos aos governos do Brasil e do Paraguai celeridade e constância nas ações necessárias a realizar este sonho e este direito das nossas populações de contarem com transporte ferroviário de cargas e de passageiros à altura da grandeza do nosso futuro”. Créditos: Mônica Cristina Pinto
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