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Notícia

segunda, 25 de março de 2013

Caciopar debate sobre unificação de eleições e sobre demarcação de terras.

Dois temas polarizaram a reunião executiva da Caciopar realizada no sábado, na Casa da Cultura de Terra Roxa: a unificação das eleições no Brasil e a demarcação de terras indígenas. O encontro contou com a participação de presidentes de associações comerciais de toda a região e de parlamentares – dos federais Dilceu Sperafico, Osmar Serraglio e Nelson Padovani e dos estaduais Duilio Genari, Ademir Bier e Elio Rusch, além do presidente da Amop, José Carlos Mariussi, e de outros prefeitos de municípios da região lindeira ao Lago de Itaipu, entre eles o anfitrião Ivan Reis e o presidente da associação comercial de Terra Roxa, Paulo Nilson Tokumi.

A defesa de unificação das eleições foi feita pelo presidente da Acit de Toledo, Edésio Reichert. Entidades empresariais e movimentos da sociedade organizada dão sustentação ao movimento, que busca sensibilizar políticos e autoridades para o pesado custo de eleições realizadas a cada dois anos. “Há sérios conflitos e perda de energia com pleitos tão seguidos. E quem perde são a sociedade e todo o País”, de acordo com Edésio, que pediu o envolvimento de todos para fortalecer a mobilização, que inclui abaixo-assinado.

Os parlamentares presentes disseram ser favoráveis à unificação que trará mais facilidades ao processo eleitoral e, principalmente, economia ao País. “É impossível fazer gestões adequadas com eleições a cada dois anos”, disse o deputado Dilceu Sperafico. Ele lembrou que o tema será aprofundado no Congresso a partir do mês que vem, juntamente com discussões sobre a Lei Eleitoral. Já Osmar Serraglio afirmou que o PMDB fechou questão em dois temas importantes: não votará mais nada que tire um único centavo dos municípios e pelo fim das coligações e pela unificação das eleições no Brasil.

 

Questão indígena

O presidente da Comissão Agrária da Amop e prefeito de Guaíra, Fabian Vendruscolo (PT), abriu o debate sobre a demarcação de terras indígenas. O tema é tão delicado que o município que Fabian administra criou um grupo de gestão de crise para tratar dele. O caminho, segundo ele, é o da busca do diálogo e do entendimento, porque a situação poderá, caso contrário, seguir por um caminho incontrolável. A intenção dos indígenas de reivindicar uma área de cem mil hectares está associada a outros interesses, principalmente pelo fato de com a demarcação as forças policiais perderem suas prerrogativas de fiscalização e repressão.

Caso o problema se alastre, investimentos estruturais importantes que a região há tanto reivindica, como duplicações, extensão ferroviária, hidrovia Paraná-Tietê e contorno da ponte Ayrton Senna poderão se perder, alertou Fabian. O deputado estadual Elio Rusch informou que as pessoas não podem se calar e devem sim se mobilizar e defender os interesses de quem trabalha e produz. O presidente do Sindicato Patronal Rural de Guaíra, Silvanir Rosset, informou que o verdadeiro índio já tem suas terras protegidas. “O que eles querem é qualidade de vida, é respeito e dignidade”, complementou o deputado federal Nelson Padovani, para quem a Funai só faz politicagem.

Um dos consensos da reunião é da necessidade de diminuir o poder da Funai e criar um mecanismo de indenização das terras supostamente indígenas. O que se faz hoje é uma espécie de confisco, porque a terra reivindicada é simplesmente tomada. O presidente da Caciopar, Mario César Costenaro, entende que o foco da discussão precisa se pautar pelo bom senso e jamais por qualquer via que possa levar a uma equivocada disputa étnica. A sugestão de Fabian Vendruscolo é de que o tema seja debatido em audiência no Congresso Nacional que, segundo ele, deve ser a instância deliberativa sobre assuntos dessa natureza. Outra sugestão é a contratação de uma assessoria especializada para questionar laudos e pedir respeito ao direito ao contraditório.

 

Outros temas

A reunião da Caciopar ainda abriu espaço para a apresentação de um case sobre o APL Moda-Bebê, de Terra Roxa, para a apresentação das atividades dos conselhos de desenvolvimento de Toledo e de Foz do Iguaçu e de uma experiência socioeconômico do País Vasco, na Espanha. A reunião-executiva também marcou os 37 anos da Caciopar, oficialmente comemorado em 3 de abril. A terceira reunião executiva da coordenadoria do ano será no dia 20 de abril, em Capitão Leônidas Marques.

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Crédito: Divulgação

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Caciopar, 37 anos

 

A última das atividades da reunião executiva da Caciopar, em Terra Roxa, foi o corte do bolo em comemoração aos 37 anos da coordenadoria. “Esse é um gesto simbólico que ressalta uma trajetória de lutas e de conquistas em favor da livre iniciativa e dos interesses do Oeste”, segundo o presidente Mario César Costenaro. Na imagem, Mario e diretores de associações comerciais de Toledo, Cascavel e Terra Roxa.

 

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Crédito: Divulgação

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