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sexta, 15 de março de 2013
Duplicação da 277 - Caciopar agradece Beto, mas quer a obra integral
Duplicação da 277
Caciopar agradece Beto,
mas quer a obra integral
Diretores da Caciopar (Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste do Paraná) agradecem o governador Beto Richa pelo anúncio, na quinta-feira, da duplicação de mais 14 quilômetros da BR-277, em mais dois dos seis lotes de um projeto total de 90 quilômetros entre Medianeira e Cascavel. Para início imediato, serão nove quilômetros no Trevo Cataratas ao acesso à Ferroeste, em Cascavel, e outros cinco de Matelândia em direção ao distrito de Agrocafeeira. A operação ocorrerá em duas frentes de trabalho simultâneas.
Embora considere o anúncio dos mais importantes, a Caciopar reforça ao governo do Estado a urgência da duplicação de toda a extensão da 277 entre Cascavel e Medianeira. A pista-dupla entre
Cascavel e Foz do Iguaçu, em percurso de 140 quilômetros, é uma das mais antigas bandeiras das entidades organizadas e da comunidade da região – tem mais de duas décadas -, uma das que mais produzem e contribuem com o processo de desenvolvimento econômico do Paraná. Pelo contrato original de concessão de rodovias, que acabou alterado há mais de dez anos, a duplicação da BR-277 deveria ser concluída em 2007.
Mais atenção
O presidente da Caciopar, Mario César Costenaro, reconhece o esforço de Beto Richa em trazer novos empreendimentos ao Oeste, em investir em mais segurança e tentar descentralizar investimentos, a exemplo da oferta, pela Compagas, do gás natural, considerada a matriz energética do futuro. Ele ressalta também a virtude do governador em restabelecer o diálogo com a sociedade e em dar a merecida atenção ao setor produtivo estadual. Entretanto, o líder associativista entende que a região, devido à sua importância, precisa de investimentos oficiais muito mais expressivos. “A própria duplicação da 277, por tudo o que ela representa, deveria estar pronta há muitos anos”, ressalta ele.
Costenaro cita um paralelo que mostra quanto o Oeste ainda precisa avançar para receber do Estado e da União tratamento semelhante aos garantido a outras regiões, a exemplo dos Campos Gerais e do Norte do Paraná. Exemplo disso é o recente anúncio da duplicação de 231 quilômetros da BR-376, conhecida como Rodovia do Café. A pista-dupla ligará Ponta Grossa e Apuracana e custará R$ 1,2 bilhão. “Claro que essa obra é importante para o Paraná e para o Brasil, mas a duplicação da 277 também é”, conforme Mario Costenaro.
Pelo acordo firmado, a concessionária CCR RodoNorte terá sete anos para concluir os 231 quilômetros da duplicação. Os primeiros 20 quilômetros deverão ficar prontos em 15 meses. O fluxo da 376 é idêntico à média do da 277, de dez mil veículos por dia. “É difícil perceber que a 277 vai exigir uma luta de 25 anos para ficar totalmente concluída, e são apenas 140 quilômetros. Enquanto outra, bem maior e mais cara, exigirá apenas um terço disso”, conforme o presidente da Caciopar.
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