Quem enxergar oportunidades com o ESG vai sair na frente da concorrência
sexta, 04 de outubro de 2024
CACIOPAR
Em um futuro não muito distante, apenas empresas que permitirmos vão existir. Assim o professor especialista em assuntos ligados ao ESG, Carlos Camargo, abriu a palestra de encerramento da programação oficial do 7º Congresso Caciopar. Isso já acontece, de forma silenciosa, pontuou. “Empresas com propósitos não alinhados não vendem para a geração formada por jovens e adolescentes, que em breve darão as cartas no mundo”, alertou Camargo ao apresentar o tema Como a governança e o C do ESG aumentam a lucratividade e a resiliência do seu negócio.
Empresas de países como Estados Unidos já são multadas por corrupção e existem institutos monitorando reclamações de consumidores e mapeando as dimensões sociais de atitudes consideradas prejudiciais ao planeta. Camargo listou algumas das preocupações que colocam a atualidade em perigo, a exemplo de crises econômicas, falta de oportunidades, polarização política, escassez de mão de obra, desemprego e disrupção da cadeia produtiva.
Atualmente, 61% de colaboradores ouvidos em pesquisas especializadas afirmam estar insatisfeitos com o seu trabalho e 80% dos que são diagnosticados com ansiedade e depressão, em países das Américas, não têm acesso a tratamento. Por outro lado, há regiões como o Oeste do Paraná, pontuou o professor, que se destacam pela qualidade da sua produção, porém mesmo essas enfrentam desafios de se engajar mais com aspectos de sustentabilidade e gestão empresarial.
Relatório de riscos
Instituições pelo mundo todo, a exemplo do que também ocorre com o Banco Central, no Brasil, desenvolvem e analisam informações de riscos e oportunidades sociais, ambientais e climáticas. O processo de liberação de crédito para os mais diferentes empreendimentos observa cada vez com mais atenção a conformidades em quesitos ambientais. “Atenção a essas novas exigências, que serão comuns em breve, deve ser prioridade entre os conselheiros de empresas”, orientou Carlos Camargo.
O principal viés a ser considerado é o da matriz de dupla materialidade, sublinhou o conselheiro há mais de 20 anos de empresas em gestão de risco e sustentabilidade. Ou seja: saber qual é o impacto que você (sua empresa) gera no mundo e aquele que o mundo promove em sua empresa.
Quem investir em inventário de dados vai sair na frente da concorrência. O ESG para o agro, por exemplo, deve considerar, entre outros, aspectos ligados a desmatamento, questões sociais, governança fundiária e pressões política e de consumidores.
Por que a sua organização existe e qual deve ser a maior preocupação do Ceo de uma empresa são duas questões que precisam ser feitas com mais frequência e profundidade. O ESG precisa estar integrado a três Cs: cultura, comprometimento e confiança, acentuou Camargo, para citar a importância crescente de atitudes associadas a agir, pensar e sentir na nova configuração mundial das relações humanas e dos negócios.
Crédito: Assessoria
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