Cejusc atua de forma alternativa na solução de conflitos
A atuação do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) foi uma das pautas da reunião quinzenal da diretoria executiva e conselhos da Associação Comercial e Empresarial de Toledo (Acit), na quarta-feira (25).
O tema foi apresentado pelo juiz de Direito da Vara da Infância e da Juventude, Rodrigo Rodrigues Dias, e pela juíza da 2ª Vara Cível, Denise Krüger, coordenadores do órgão. O Cejusc é um espaço para que as pessoas resolvam seus conflitos em qualquer área de forma simples - antes que se tornem processos judiciais - de modo que sejam protagonistas da experiência de justiça, em vez de entregar a solução a um juiz.
De acordo com o coordenador do Cejusc, Rodrigo Rodrigues Dias, o objetivo foi apresentar aos diretores e conselheiros as possibilidades oferecidas pelo órgão e iniciar um trabalho de cooperação com a Acit no sentido de difundi-lo entre os associados.
“Antes mesmo de iniciar o trabalho, há cerca de dois anos, procuramos a Acit por entender que – junto com a OAB – é uma entidade essencial para o seu funcionamento. Conversamos novamente sobre como poderíamos mostrar aos empresários as possibilidades e ampliar ao máximo a utilização do Cejusc”, explica o juiz.
Mediar e conciliar
O órgão atua com métodos autocompositivos, por meio da mediação e conciliação. Eles são aplicados por meio de mediadores capacitados a estimular que as pessoas exponham seus conflitos e trabalhem juntas para a construção da solução, sem induzir ou sugerir algo, salienta o coordenador. “Não é preciso ingressar com processo na Justiça, não tem custas nesta etapa pré-processual. Por exemplo, no caso de algum conflito com cobrança de dívidas, o empresário poderá, ´proseando´ com seu cliente, construir alguns acordos e solução de problemas e, mesmo assim, manter um bom relacionamento. Então, um conflito pontual com o cliente não precisa ser o fim da relação”, ressalta.
Para o presidente da Acit, Flávio Furlan, esta nova realidade de resolução de conflitos, por meio da mediação, desafoga o Judiciário, é mais humana e demonstra que a sociedade evoluiu em termos de compreensão de civilidade.
“É importante que a Acit esteja inserida neste contexto e possa auxiliar os associados a resolver seus conflitos desta forma, pois não se fomenta o rancor e a discórdia e não se perdem clientes”, frisa.
Segundo Flávio, a entidade discutirá entre a diretoria e conselhos uma forma de apoiar a iniciativa e estimular uma cultura da conciliação, como é a proposta do Cejusc
Cejusc
O Cejusc tem uma equipe de 48 mediadores, 51 conciliadores, e atende no Fórum no expediente das 12h às 17h. A partir de julho, o horário será ampliado com atendimento das 9h às 11h. O órgão tem extensões para atendimento na Fasul e Unioeste, além de estar encaminhando parceria com a PUCPR-Campus de Toledo.
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