(45) 3321-1449

Caciopar

segunda, 16 de outubro de 2017

Energia e infraestrutura limitam o crescimento econômico do Oeste

Há vários aspectos que barram o potencial de crescimento de uma cidade ou região. No Oeste do Paraná dois deles estão no topo de uma lista que há anos é enfrentada por entidades organizadas dos mais diferentes setores, a energia e a infraestrutura. Para o presidente do POD (Programa Oeste em Desenvolvimento), Danilo Vendruscolo, somente com união, com dados atuais e representativos em mãos e com a definição de um conjunto de estratégias sérias será possível, a médio e a longo prazos, resolver essa situação. “E ela custa muito caro não apenas à comunidade do Oeste, mas também ao Paraná e ao Brasil”, afirmou Vendruscolo durante o 4º Congresso Caciopar, recentemente realizado em Cascavel.
A sinergia das entidades, autoridades e população de toda a região são fatores imprescindíveis para que os gargalos sejam superados. Danilo deu alguns exemplos para justificar a sua afirmação. A Frimesa vai fazer um investimento gigante em Assis Chateaubriand, na área de abate, mas para confirmar seu empreendimento precisou desembolsar R$ 19 milhões em uma subestação de energia. Devido a problemas na rede, o que deveria ser uma obrigação da Copel e do Estado, a empresa tinha dois caminhos a seguir, cancelar o investimento ou colocar a mão no bolso e resolver o problema. “Situações como essa são difíceis, principalmente para empresas que já têm inúmeros problemas com a burocracia e com a absurda carga tributária”, afirma Danilo.
Um dos gargalos mais sérios está nos modais de transporte. Sem uma ferrovia eficiente que ligue o Oeste ao Porto de Paranaguá, a região precisa conduzir percentual significativo de suas cargas ao litoral em caminhões. O diferencial de frete, de um modal para o outro, representa prejuízo anual superior a R$ 300 milhões à economia e a quem produz, e essa conta só tende a aumentar caso nada seja feito logo, diz o presidente do Programa Oeste em Desenvolvimento. Por não contar com status de área livre de aftosa sem vacinação, o Oeste perde outras somas expressivas. Santa Catarina é o único dos 27 entes da Federação que tem essa situação diferenciada. E, com isso, os pecuaristas de lá recebem R$ 0,10 a mais por litro de leite produzido.

Câmaras
As câmaras técnicas do POD são fóruns que aprofundam questões como essa. Diante de análises minuciosas são definidas ações não apenas para enfrentar limitadores, mas principalmente para encontrar caminhos que possam ser viáveis para driblar deficiências e impulsionar a economia. Os assuntos debatidos são os mais diversos, do repasse de recomendações eficientes para o uso de agroquímicos à elaboração de um Plano de Assistência Técnica Integrado do Programa Regional de Sanidade. Outro estudo em elaboração, e que chegará às mãos da Copel, é o Plano Energético Regional, documento formatado para facilitar e garantir assertividade em futuros investimentos na área de energia e distribuição desse insumo básico a qualquer empresa, afirma Danilo Vendruscolo.




Fonte: Crédito: Assessoria

Galeria de Fotos