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Caciopar

sexta, 25 de agosto de 2017

O desafio de gerar desenvolvimento e sustentabilidade

Há vários mecanismos que podem, cuidadosa e devidamente empregados, colaborar para preparar uma cidade e seu entorno para o desenvolvimento sustentável. Essa é a síntese de apresentação do gerente do Sebrae-Paraná, Cesar Reinaldo Rissete, durante recente encontro da Caciopar (Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste do Paraná), em Guaraniaçu. O tema apresentado por ele foi Desenvolvimento territorial e competitividade.
Ao mesmo tempo em que deve assumir posturas para mudanças estruturais de médio e longo prazos, principalmente com investimentos em educação de qualidade, o País precisa dar fôlego às empresas para a criação de um ambiente voltado à oportunidade. A burocracia e a elevada carga tributária, segundo Rissete, inibem em vez de incentivar. O compromisso para superar a crise e evitar as constantes oscilações da economia está em políticas públicas sérias, em programas que dotem o país de estruturas e logística para a geração de competitividade, eficiência, renda e lucro.
Um país e uma comunidade, segundo o gerente do Sebrae-Paraná, devem dar condições para que as pessoas cresçam e possam optar. O Estado tem que priorizar a saúde e a educação, mas também a renda, porque sem a atividade produtiva não há recursos para manter órgãos e políticas públicas nem para o fomento do setor produtivo. “É difícil falar em desenvolvimento sem considerar um ambiente de competitividade do território, de valorização contínua do PIB per capita. Precisamos de convergência e foco em objetivos comuns”, segundo Rissete.
A transferência de renda, como muitos defendem e é imprescindível para o sucesso de qualquer país, só ocorre se existirem meios de geração, porque não se pode oferecer o que não se tem. “O serviço público e a manutenção dele estão atrelados à produção”. A desigualdade, também tão combatida, pode ser amenizada mas jamais deixará de existir. E o recuo está conectado a um círculo virtuoso no campo econômico. Isso explica porque os governos devem dar tanta atenção à inclusão produtiva, e não há outro meio disso acontecer senão pelo crescimento das empresas.
Os países desenvolvidos, ilustrou Rissete, passaram pelos mesmos desafios, o entenderam e o aceitaram. Confiaram na capacidade das pessoas e das empresas de fazer melhor e diferente. “É cada vez maior o número daqueles que questionam o pagamento das contas dos outros. Se o atual modelo não mudar no Brasil, o sistema estará condenado por falta de sustentação”. A busca pelo amadurecimento é irreversível e ele deve envolver todos os segmentos, a partir da base. Há muitos municípios no Paraná e no Oeste que estão no seu limite, que contam centavos para honrar despesas públicas. A mudança depende de desenvolver a capacidade e a criatividade das pessoas, de buscar a inovação e a superação.
O êxodo, tão comum principalmente nas cidades menores, é um problema sério e que precisa ser eficientemente enfrentado. Se nada na direção certa ocorrer, então essas administrações dependerão de ajudas externas para pagar as contas e manter serviços essenciais e essa dependência acabará por sufocar o território, conforme Cesar Reinaldo Rissete. Reformas e adoção de posturas responsáveis no ambiente público precisam estar ligados a parcerias com a iniciativa privada e com os fundamentos que fazem o sucesso de projetos como o cooperativismo e o associativismo empresarial.


Fonte: Caciopar

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