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Caciopar

quinta, 23 de junho de 2016

Caciopar - Jovens empresários cumprem missão técnica na Coreia do Sul

O Vice Presidente da Caciopar para Assuntos do Jovem Empreendedor (Caciopar Jovem), Michel Becker, viveu há poucos dias uma experiência da qual não esquecerá tão cedo. Ele aceitou prontamente o convite do presidente da AJE (Associação de Jovens Empresários de Fortaleza,
Ceará), Thiago Nogueira Pinho, para integrar uma comitiva e conhecer alguns dos fundamentos que fazem da Coreia do Sul um dos países com alguns dos melhores índices sociais e econômicos do mundo.
Jovem promessa do associativismo empresarial do Oeste, Michel é de Toledo e começou a se envolver com os assuntos da cooperação com apenas 19 anos. Desde cedo a família percebeu que ele levava jeito para os negócios e, aos poucos, passou a assumir compromissos e responsabilidades cada vez maiores. Na viagem à Coreia, ele aproveitou para ampliar a sua rede de contatos e, além de ouvir e aprender, para informar os colegas sobre os principais potenciais e bandeiras de uma das regiões que mais produzem e crescem no Brasil.
O objetivo da missão foi alcançado depois de uma breve escala em Dubai, a maior cidade dos Emirados Árabes. A finalidade da visita era conhecer processos de produção de empresas de ponta em suas áreas de atuação. O roteiro incluiu visitar a Dongkuk e a Posco, terceira e primeira maiores produtoras de aço do país. Respeitada nas áreas automobilística e de eletroeletrônicos, a Coreia do Sul tem presença marcante na área siderúrgica. E o Brasil é um dos principais fornecedores de minério de ferro de algumas dessas grandes companhias.
Os jovens empresários ficaram impressionados ao conhecer Songdo, uma concentração urbana alicerçada nos fundamentos das smart-cities. Criada em 2008, ela foi projetada para se integrar às mais diversas expectativas ambientais e sustentáveis da atualidade e também do futuro. Mesmo já como o maior projeto urbano do mundo, conforme Michel, a cidade ainda está em processo de estruturação. Outra parada empolgante do grupo de jovens empresários brasileiros foi na Hyundai, uma das fabricantes de automóveis em maior expansão no mundo.
Acompanhados de técnicos e tradutores, os jovens tiveram a oportunidade de visualizar todo o processo de industrialização da fábrica, do início ao fim da linha de montagem de veículos de última geração da marca. O aço empregado pela multinacional na produção de carros conceituados em mercados exigentes, a exemplo do europeu e norte-americano, é fornecido pelas gigantes do setor na Coreia do Sul, a Posco e a Dongkuk, que os jovens haviam visitado pouco antes.

Gigante
A planta que os brasileiros conheceram ocupa uma estrutura gigante e sofisticada. A produção anual alcança as 330 mil unidades, ou 1,1 mil veículos por dia. São dez linhas de montagem automatizadas. O roteiro incluiu ainda visita a um dos mais tradicionais e antigos bancos do país asiático, que possui 900 agências e 14,5 mil funcionários. A engenhosidade, a qualidade e o índice de produtividade das empresas conhecidas chamou a atenção dos jovens empresários, principalmente pelo fato de a Coreia do Sul ter sido duramente castigada em conflitos bélicos há poucas décadas.

PIB
Há menos de três décadas, a renda per capita de um trabalhador sul-coreano e de um brasileiro correspondiam a 25% do que era pago a outro que exercesse função similar nos Estados Unidos. Hoje, a renda do brasileiro é de apenas 19%, enquanto que a do sul-coreano já chega a 75% do seu colega que mora e trabalha nos Estados Unidos. Embora um país pequeno e com apenas 50 milhões de habitantes, lembra Michel Becker, o PIB da Coreia do Sul é praticamente o mesmo do brasileiro. Lá é de US$ 1,4 trilhão, enquanto que aqui foi de US$ 1,5 trilhão no ano passado.
Mesmo com as fortes diferenças culturais, educacionais e econômicas, Coreia do Sul e Brasil mantêm boas relações comerciais. “Tanto que somos, na América Latina, os maiores parceiros e fornecedores de matérias-primas dos sul-coreanos”, conforme Michel. Empresários de lá passaram, a partir de 2014, a ampliar seus investimentos no Brasil, principalmente nos segmentos eletrônico, petrolífero, siderúrgico e automobilístico. A Coreia do Sul foi o primeiro país do continente asiático a se integrar ao programa de intercâmbio Ciência sem fronteiras, criado pelo governo federal. Nos últimos quatro anos, o país já recepcionou 550 bolsistas brasileiros.
A programação de visita dos jovens empresários incluiu ainda recepção na embaixada brasileira. Durante a viagem, a comitiva foi informada sobre áreas potenciais a novos investimentos e parcerias que possam, ainda mais, integrar os dois países. Uma das lições que os membros da comitiva trouxeram é que o Brasil, com urgência e eficiência, precisa ampliar investimentos em pesquisa e inovação, e agregar valor às suas commodities. Assim, além de desenvolver cadeias industriais e agroindustriais, gerando mais oportunidades e salários melhores, poderá vender seus produtos para o mundo a preços mais substanciais.


Legenda

Comitiva de jovens empresários de Fortaleza, e Michel, que é presidente da Caciopar Jovem, à Coreia do Sul



Fonte: Crédito: Divulgação

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