Caciopar
segunda, 19 de setembro de 2016
Oeste cria sistema de informações territoriais
A ausência de um banco de dados amplo, confiável e amparado por
ferramentas dinâmicas é uma das mais antigas carências do Oeste do Paraná. Mas
no que depender do PTI, o Parque Tecnológico de Itaipu, essa lacuna está
próxima de ser preenchida. O PTI e outros parceiros trabalham na elaboração de
um amplo mecanismo que coleta, acessa, tabula e organiza informações sobre a
realidade regional.
O SIT, Sistema de Informações Territoriais, está associado ao POD, Programa Oeste em Desenvolvimento, e contribuirá para balizar as mais diversas análises, projetos e ações com foco no crescimento econômico. O assunto foi apresentado no sábado a empresários da Caciopar, na Acimacar em Marechal Cândido Rondon, pelo gerente do Centro Internacional de Hidroinformática do PTI, Rafael Gonzales.
A elaboração de uma base ampla e detalhada, com alicerce em informações reais e continuamente atualizadas, é imprescindível para ter em mãos leituras e possibilidade de criar cenários, contribuindo até para a definição de investimentos e defesa de projetos estruturais, diz o presidente da Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste do Paraná, Leoveraldo Curtarelli de Oliveira.
A formatação do banco de informações conta com sistema e plataforma altamente tecnológicos, com planilha, acesso pela internet, armazenamento, consultas e até a emissão de relatórios. As fontes iniciais de dados são o Ipardes e a Rais, mas também contam com indicadores do IBGE e de apurações de campo e disponíveis nos próprios municípios integrados. “São 1,4 milhão de registros apenas do Oeste, o que permite conhecer com enorme riqueza de detalhes a realidade regional”, conforme Rafael Gonzales. Mas tão importante quanto ter acesso é saber o que fazer com as informações.
É imprescindível saber priorizar os dados e entender como eles podem colaborar para projetos futuros e que tipo de suporte eles oferecem, por exemplo, às associações comerciais. As informações são agregadas de mapas e gráficos, recursos que facilitam a compreensão. O SIT está em estruturação e por meio de ferramentas tecnológicas sofisticadas é possível comparar e compartilhar informações, tendências e até identificar potenciais aspectos de investimentos ou de potencialização do resultado de programas de médio e grande alcance.
Demandas
Diversos profissionais altamente capacitados participam do projeto que já a partir de 2017 passa a aceitar demandas. Parceiros poderão apresentar carências e indicar pesquisas para conhecer informações específicas. “Com os dados corretos em mãos, ficam mais claros o que pode e o que deve ser feito para viabilizar uma ideia, um projeto ou um negócio”, conforme Rafael. Outro compromisso do SIT é identificar, de forma especializada, a força de determinados negócios no território.
A partir de instrumentos como a geoestatística há como identificar diferenças e semelhanças dentro do próprio território. Saber as vocações de uma cidade ou as possibilidades que um determinado projeto pode ter em uma ou outra devido, por exemplo, à oferta de determinada matéria-prima ou recurso. Exemplo disso é o projeto de biodigestores, que tem o envolvimento das cooperativas. Segundo a disponibilidade de biomassa, investir em uma determinada região ou microrregião é melhor do que em outra.
O presidente do Programa Oeste em Desenvolvimento, Mario César Costenaro, informa que contar com dados estatísticos confiáveis em mãos é determinante para os próximos saltos de desenvolvimento que se pretende para a região. Costenaro afirma que o trabalho do PTI e parceiros, na elaboração do Sistema de Informações Territoriais, permitirá definir investimentos com mais segurança e conectados à realidade e às potencialidades das cadeias produtivas.
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