Diálogo, tarifa justa e obras prioritárias vão marcar novo modelo de concessão
sexta, 27 de julho de 2018
ACIC
Diálogo amplo e franco vai pautar etapas à nova licitação de concessões rodoviárias no Paraná. Essa é a mensagem que o governo passa ao promover reuniões públicas de trabalho em cidades-polo do Estado para tratar do assunto. A primeira delas foi realizada na tarde de terça-feira, na Acic, em Cascavel, e além da governadora Cida Borghetti, contou com a presença de secretários de Estado, de parlamentares e de representantes dos mais variados segmentos produtivos da região.
O presidente da Acic, Edson José de Vasconcelos, agradeceu o governo estadual pela forma séria como o assunto tem sido tratado. “Precisamos de um modelo diferente. Queremos tarifa justa, a entrega do que foi acordado e um contrato que não permita a mistura de caixas, como aconteceu com o atual, e que dificultou a realização dos compromissos que tanto a sociedade esperava e tem cobrado há anos”. Edson informou que é fundamental ter a Agepar como uma ferramenta de Estado, que assegure todas as garantias necessárias para um projeto dessa magnitude.
A governadora Cida disse que o tema é debatido com maturidade, com respeito e movido segundo os interesses da população. “Estamos ouvindo para saber o que a sociedade quer. Há consensos importantes, como de tarifa menor e da definição das obras prioritárias de cada região”. O Paraná, de acordo com ela, foi pioneiro nas concessões de rodovias e agora, diante de todo aprendizado que reúne, poderá novamente se transformar em protagonista de um projeto modelo para o Brasil. Ela lembrou que, em apenas 98 dias de governo, já assinou mais de três mil convênios e liberou mais de R$ 5 bilhões aos municípios.
Não há prorrogação
O secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, Abelardo Lupion, ressaltou que não haverá prorrogação dos atuais contratos e afirmou que o Paraná não pode conviver com insegurança. “Queremos que os paranaenses decidam o seu futuro”, afirmou. O pedágio que se quer deve ser um programa novo, com responsabilidade e justiça social, citou Lupion, para ressaltar também a necessidade de um novo traçado ferroviário entre Mato Grosso do Sul e Paraná até o Porto de Paranaguá.
Três grupos de trabalho já foram formados para dar andamento ao novo modelo de concessão rodoviária que se busca. O primeiro atua em nova delegação de rodovias federais do Estado, o segundo no encerramento dos atuais contratos e o terceiro em um novo modelo de concessão. Aberlardo Lupion detalhou também os órgãos que integram cada grupo. O presidente da Amop, Anderson Bento Maria, ressaltou que é fundamental planejar bem o que se quer agora e pegar os 20 anos de concessão como lições para a elaboração de um novo contrato, diferente e muito melhor. “Temos que escolher bem para saber o que pedir e, assim, não correr o risco de, daqui a 20 anos, não ter contempladas as obras tão necessárias ao Paraná”.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, João Alberto de Andrade, destacou a coragem da governadora Cida em debater um tema tão relevante ao Paraná. Já o deputado Alex Canziani, citando o pensador Peter Drucker, ressaltou que não se pode perder o futuro, mas construí-lo. “Ouvir a sociedade e então a partir disso elaborar um novo modelo de concessão é o melhor caminho para acertar e chegar onde se quer”, afirmou o parlamentar. O diretor de Concessões do DER, Roberto Abage, fez, no início dos trabalhos, uma apresentação geral sobre o que era o contrato original e o que virou conforme as mudanças que sofreu ao longo dos anos. No fim, grupos de trabalho foram formados e diversas sugestões apresentadas e serão, a partir de agora, consideradas nas próximas etapas de elaboração do modelo de concessão rodoviária que se quer para o Paraná.
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