A polícia como a primeira linha de defesa das pessoas de bem, uma instituição promotora dos direitos humanos. É com essa ótica que o novo delegado-chefe da Polícia Federal de Cascavel, Celso Rogério Mochi, apresentou a PF a empresários e a líderes de setores organizados, quinta-feira à noite, na Acic. "Essa é uma visão que, infelizmente, a grande maioria das pessoas não tem ou não foi incentivada a cultivar, mas é a mais correta imagem que a sociedade deve ter das forças de repressão ao crime, principalmente da Polícia Federal", afirmou ele.
Mochi veio de Rondônia a Cascavel e ocupou a delegacia no lugar de Mozart Fuchs. Segundo ele, ao atuar no combate ao tráfico de drogas, descaminho e desvio de recursos públicos, entre outros, a instituição contribui para preservar e valorizar o dinheiro do contribuinte e para proteger as pessoas de bem, que trabalham, produzem e geram riquezas e desenvolvimento conforme as recomendações da lei. "Atuamos contra crimes que fazem mal a todo o conjunto social e ao próprio governo, por isso somos promotores dos direitos humanos", reforçou o delegado.
Apesar da importância estratégica da Polícia Federal, a instituição não tem recebido a atenção que merece por parte da União. Mochi informou sobre recentes protestos feitos pela corporação em várias regiões do Brasil. No Oeste, eles se concentraram principalmente em Foz do Iguaçu, Guaíra e Cascavel. A mobilização foi motivada pelo que a PF classifica de desaparelhamento que ela enfrenta nos últimos anos. Um tema importante em debate é quanto à indenização de fronteira, que pode somar até R$ 2 mil a mais no salário do agente e policial federal destacado para proteger áreas de divisa.
A lei foi aprovada em setembro do ano passado, entretanto até agora a presidente Dilma Rousseff não assinou decreto regulamentando a matéria. "Sem isso, grande parte dos agentes continuarão pedindo remoção das áreas de fronteira, o que é ruim ao País", de acordo com o delegado Mochi. Com o adicional no salário, muitos permaneceriam e, gradualmente, conheceriam mais sobre a realidade da área em que atuam e esse acúmulo de informação é fundamental às ações de combate à criminalidade. Um dos pleitos do novo delegado é incluir Cascavel como área de fronteira e permitir que os servidores aqui lotados também sejam alcançados pela indenização.
Sede própria
A Polícia Federal está instalada em Cascavel desde o ano de 2006. Ela funciona em um prédio na rua Paraná que está muito aquém das reais necessidades da corporação. Por isso, um dos projetos é a construção da sede própria, ampla e adequada às atribuições da unidade. Um terreno de dez mil metros quadrados está em negociação com o Incra. Caso os entendimentos ocorram, a previsão é que as obras comecem em alguns meses. Já há sinalização, por parte do Ministério da Justiça, de liberação de recursos à futura delegacia da PF.
Fonte: