O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Claudio Lamachia, veio a Curitiba nesta sexta-feira, à convite da Faciap, Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná, junto com a OAB-PR, para uma palestra sobre o Brasil depois do impeachment.
Segundo Lamachia, o Brasil precisa de um choque de ética. “Agora temos acompanhado a atuação do governo provisório. Fizemos critica à nomeação de ministros que estão sendo investigados. Entendemos que o Brasil passa por um momento que ele precisa de um choque de ética”, afirmou o presidente da OAB nacional. “Ministros que assumiram as pastas e que não deveriam ter sido nomeados”.
Ele também falou do papel da sociedade. Para Claudio Lamachia, depois do afastamento da presidente Dilma Rousseff, a sociedade precisa se envolver na superação da crise ética que abate o Brasil. “Não é mais possível reclamar dos desvios cometidos pelos poderosos sem adotar atitudes concretas para demonstrar reprovação. A população não pode se mobilizar apenas quando uma crise chega a seu ápice, como é o caso atual. É preciso uma participação constante do povo na vida pública”, disse ele.
O vice-presidente da Faciap, Sérgio Leopoldo, agradeceu por Claudio Lamachia ter aceitado o convite da entidade e ressaltou a postura do presidente a frente da Ordem dos Advogados. “Lamachia é firme na defesa da democracia, conduz a OAB de forma apartidária, com coerência. E para os empresários, o que ele tem a dizer é importante para entendermos se as mudanças que esperamos no país irão mesmo acontecer”.
O advogado gaúcho Claudio Pacheco Prates Lamachia assumiu a presidência do Conselho Federal da OAB em janeiro deste ano, tornando-se uma das lideranças da sociedade civil no acompanhamento do processo de impeachment de Dilma Rousseff. Sobre os rumos do país pós impeachment, Lamachia considera que o principal desafio é a superação da crise ética que abate o Brasil. Ele também defende como prioridades a discussão da dívida dos estados com a União e que a crise seja usada como uma alavanca para a renovação do modelo eleitoral.
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