Garantioeste -  Com cartas de aval, empresas do Oeste têm economia de R$ 20 mi com juros  

quinta, 28 de junho de 2018

Caciopar

As empresas da região que tiveram nos últimos sete anos acesso a cartas de aval da Garantioeste (Sociedade de Garantia de Crédito do Oeste do Paraná) já economizaram R$ 20 milhões nas operações. Essa é a diferença da taxa de juros que elas pagariam em caso de financiamento com a rede bancária convencional e que deixaram de desembolsar ao buscar apoio da SGC. “É uma economia substancial, dinheiro que ficou e girou na economia e trouxe outros benefícios à comunidade”, diz o conselheiro da Garantioeste Danilo Gass, que apresentou informações sobre a garantidora durante o primeiro encontro empresarial da nova diretoria da Caciopar, fim de semana em Assis Chateaubriand.
O volume de operações realizadas desde que a SGC foi criada soma R$ 102 milhões, com R$ 76 milhões em cartas de aval deferidas. O encargo financeiro médio nas instituições bancárias é de 2,5% ao mês e na Garantioeste é de 1,5%. Se os bancos tivessem financiado os recursos liberados pela garantidora, o total pago em juros seria de R$ 54 milhões. Mas com a utilização das cartas de aval o valor foi de R$ 34 milhões. O número de associados da SGC é de 2.737 e a expectativa, diante dos bons resultados apresentados, é de que cresça muito mais nos próximos anos, e por isso o apoio e o envolvimento das associações comerciais no projeto é tão importante, ressalta Danilo Gass.
 
Suporte
O foco preferencial da SGC são as micros e as pequenas empresas, que somam 6,5 milhões no Brasil. Juntas, respondem por 60% dos empregos e por 20% do Produto Interno Bruto. O projeto de criação das garantidoras foi lançado há oito anos pelo Sebrae. No Oeste, a implantação integrou as associações comerciais de Toledo, Foz do Iguaçu e Cascavel, mais o IDR-Oeste. Durante anos, as entidades parceiras apoiaram e financiaram o funcionamento da garantidora porque sabiam que, em pouco tempo, ela seria autossuficiente e prestaria um grande serviço às empresas, diz Danilo. O valor mínimo da operação é de R$ 4 mil e o máximo de R$ 100 mil para capital de giro e de R$ 150 mil para investimento.
Com a carta de aval em mãos, que é liberada mediante a apresentação e análise técnica de um projeto, o empresário tem acesso facilitado a recursos para capital de giro e financiamento para a compra de máquinas e ampliação do negócio. “Assim, o crédito é garantido e há, em vez de mortalidade, o fortalecimento das empresas”, observa o empresário, destacando a utilidade de uma ferramenta como a dinâmica da Sociedade de Garantia de Crédito. Integrar a SCG também abre a possibilidade de assessoramentos técnicos de qualidade, oferecidos inclusive por técnicos do Sebrae. São 15 SGCs no Brasil e seis delas estão no Paraná. A Garantioeste é, atualmente, a maior em atividade no País. O valor de garantia, em caso de inadimplência, é de até 80% do global da operação.
 
Aportes
Uma das novidades na SGC é o aporte de recursos pelas prefeituras. A de Toledo foi a primeira do Brasil e depois vieram as de Cascavel, Foz do Iguaçu e Terra Roxa. Juntas, elas liberaram R$ 665 mil para ampliar a oferta de dinheiro a micros e a pequenas empresas. “E esse valor é multiplicado por até dez vezes, o que acaba por representar uma soma interessante às empresas e repassados com condições especiais e diferenciadas”, aponta Danilo Gass. Outras prefeituras vão aportar recursos à Garantioeste, como as de Tupãssi, Assis Chateaubriand, Itaipulândia, Laranjeiras do Sul, Marechal Cândido Rondon, Maripá, Missal e Palotina. “Tudo isso vai ajudar muito a impulsionar ainda mais um projeto que deu certo e que faz do Oeste uma referência”, informa o presidente da Caciopar, Alci Rotta Júnior.
São 17 as associações comerciais já com convênios assinados e outras seis com propostas de parceria lançadas. Mas a expectativa é de integrar as 46 filiadas à Caciopar. Ao mesmo tempo em que abrem oportunidade de crescimento às empresas, com geração de empregos e fortalecimento econômico, as Aces também criam uma nova fonte de renda, já que as operações são remuneradas. Os valores variam de R$ 40 a R$ 300, o que passa a ser uma condição bastante interessante para as entidades, reforça Danilo Gass. Os apoiadores da SGC são Faciap, Caciopar e Sicoob, e as instituições financeiras conveniadas são BRDE, Fomento Paraná, Sicredi e Sicoob.