Oeste tem nas mãos a chance de criar uma nova cadeia econômica
terça, 03 de maio de 2022
Caciopar
Devido aos seus potencias e características, o Oeste do Paraná tem nas mãos a oportunidade de criar e de desenvolver uma nova e próspera cadeia econômica. A base para isso são as fontes de energias limpas e renováveis, que abrem um imenso leque de possibilidades a partir de um novo mercado sustentável.
“Esse novo mercado se conecta ao contexto das empresas, que olham para a competitividade, para a redução dos custos de produção e para uma era de consumidores atentos ao respeito ao meio ambiente”, diz o presidente do CiBiogás, diretor de Meio Ambiente da Caciopar e coordenador da Câmara Técnica de Energias do POD, Rafael Gonzales.
O momento é bastante oportuno para olhar a energia como uma oportunidade para as cadeias de negócios, entende o presidente da Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste do Paraná, Flavio Gotardo Furlan. As possibilidades geradoras da região são imensas, principalmente no que se refere à produção de biomassa. “Estamos entre os grandes produtores brasileiros e mundiais de proteínas animais, com planteis e base na região de seis das 15 maiores cooperativas agroindustriais do País”, conforme Rafael.
A transformação de matérias-primas, principalmente de dejetos animais (hoje passivos ambientais) em energia (ativos energéticos), em fonte de energia limpa e renovável se mostra como um grande negócio. Pesquisas mostram que a demanda por energias na região, devido ao seu crescimento acima do da média brasileira, é outro fator fundamental para o avanço das energias alternativas. Pesquisa comparando a demanda de 2016 com a estimativa em 2026 mostra que a média de consumo no Brasil, nessa década, será de 4% por ano. No Oeste do Paraná, entretanto, essa demanda será de 5,4% ao ano.
“O Oeste tem uma grande chance nas mãos, não há dúvidas. Por isso, precisamos manter o foco e trabalhar ainda mais para tornar essa possibilidade em um negócio, na prática, que traga benefícios às empresas e às comunidades diretamente alcançadas”, ressalta Rafael Gonzales. O custo da energia subiu muito nos últimos anos – principalmente nos últimos dois, devido à pandemia – e esse já se torna um dos três principais insumos para a grande maioria das empresas, indústrias e agroindústrias. Para algumas delas, de acordo com Rafael, esse já é o mais caro.
Esses e outros temas ligados às energias renováveis foram tratados no 6º Congresso Caciopar e 7º Fórum do POD (Programa Oeste em desenvolvimento), no Biopark, em Toledo, na sexta-feira, 29 de abril.
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