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Pedágio Justo

quarta, 28 de julho de 2021

POD

Estradas seguras, duplicadas e sem pedágio, esse seria o cenário perfeito para o nosso Estado. No entanto, como não estamos na Alemanha, e aqui o poder público não tem recursos para nos oferecer esses serviços com qualidade, é necessário um modelo em que a iniciativa privada passe a fazer esses serviços cobrando os custos dos usuários. A Luta do Programa Oeste em Desenvolvimento, e de toda a região Oeste do Paraná, neste momento, é para que o preço seja, o mais justo possível, e com garantias de que os investimentos sejam realizados.

São 24 anos pagando para termos um sistema viário eficiente, adequado, mas por uma série de erros e condutas questionáveis, fomos penalizados pelo pedágio mais caro do país. Promessas feitas, tentativas frustradas e seguimos pagando esse preço em cada produto e serviço que de alguma forma pertencem a esse sistema logístico. Isso significa que fomos duplamente penalizados, com impostos mais pedágios e sem as obras.

Ninguém escapou ileso do pedágio e do escoamento de dinheiro de nossa Região. O Brasil utiliza-se do modal rodoviário como eixo estruturante da logística de transporte em todo território nacional; seguido timidamente por ferrovias, e ainda mais timidamente por hidrovias e terminais portuários fluviais e marítimos e por via aérea. A falta de infraestrutura adequada e onerosa, é a fórmula perfeita para o fracasso da geração e distribuição de renda.

Com baixo valor agregado nos produtos e sem outra alternativa de logística, a Região Oeste do Estado é a mais impactada. Sem falar da distância dos nossos fornecedores e consumidores. O frete mais o pedágio encarecem o produto e o custo é embutido no preço de venda. Quem realmente paga é o consumidor. Novamente uma conta que não fecha para o setor produtivo e muito menos para os usuários. Estamos prestes a impedir que uma nova e gigantesca injustiça seja cometida em nossa Região. Somos importadores de tecnologia e exportadores de comodities e alimentos. Isso somado ao modelo de pedágio mais caro do País, tira nossa competitividade e leva os grandes investimentos para perto dos portos, centros de distribuição e grandes cidades.

Diante de uma nova licitação que será válida por três décadas, não podemos permitir que os mesmos erros do passado sejam cometidos novamente. A aproximação dos setores e líderes foi decisiva até o este momento e deve mudar essa saga de prejuízos. Não é uma batalha fácil, mas que requer técnica e que envolve uma articulação de sensibilização e convencimento. O POD e demais entidades do Oeste, através de um movimento organizado e pacífico, conseguiu sensibilizar nossas autoridades e obtivemos bons avanços em relação ao modelo proposto inicialmente pelo Ministro da Infraestrutura. Uma das principais conquistas foi a retirada da outorga onerosa que significa uma economia de pelo menos R$7 bilhões, valor este que evitamos fosse drenado do nosso setor produtivo.

Na sequência e não menos importante, a licitação pelo menor preço, sem limites de desconto, também foi uma conquista, pois cada 1% a mais de desconto, são 1,5 Bi que seriam pagos pelos usuários. Ainda tem alguns temas que precisam ser melhorados, como por exemplo o degrau tarifário de 40%. Defendemos que pode sim ser menor. Isso significa que o processo ainda vai exigir muita mobilização e grande esforço. O POD é protagonista e seguirá na defesa destes e tantos outros condicionantes para o nosso pleno desenvolvimento.

Algumas situações sequer conseguem ser explicadas, como por exemplo, uma praça de pedágio entre Toledo e Cascavel, sendo que 38km entre trevos de rodovia já foi duplicada. Uma iniciativa que coloca em risco o desenvolvimento promissor entre duas das mais importantes cidades do Estado. Como explicar isso para os usuários? A mobilização da sociedade organizada, setor produtivo, líderes já conquistou excelentes resultados. O Governador do Estado do Paraná, Ratinho Júnior, posicionouse ao lado do Oeste do Estado e abriu diálogo, assumindo a importante parcela na negociação e sensibilização do Governo Federal, ou seja, a luta ganhou corpo e uma voz muito importante.

O próximo passo agora é chegarmos a uma formula que possa atender o volume de obras que trará rodovias seguras, preços justos e respeito com o usuário. Assim será possível seguir com o crescimento e o desenvolvimento, características tão peculiares da nossa Região. Um modelo justo é a única forma de manter estradas seguras sem novamente sacrificar a nossa população. Assim a conta fecha e o resultado vem em desenvolvimento e qualidade de vida, desenvolvimento econômico e sustentável uma bandeira empunhada desde a criação do Programa Oeste em Desenvolvimento !

RAINER ZIELASKO
Presidente do Programa Oeste em Desenvolvimento

Fonte: oestedesenvolvimento.com.br

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