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SGCS

segunda, 20 de novembro de 2017

SISTEMA DE GARANTIAS DE CRÉDITO BUSCA SUSTENTABILIDADE

Realizada em Vitória, a terceira oficina técnica das Sociedades Garantidoras de Crédito (SGCs) desse ano aprovou ajustes estratégicos no modelo de gestão das SGC(s), que apontam para a expansão e fortalecimento da Rede Nacional de Garantias. A atração de novos parceiros, a aprovação do marco legal e a consolidação da entidade de segundo piso estão no centro das metas e desafios das SGC(s).

O sistema brasileiro de garantias caminha para encerrar o ano com um saldo extremamente positivo. As metas de desempenho para 2017 vêm sendo batidas pelas SGC(s); a Confederação Sicoob decidiu apoiar a proposta do Banco Central para a regulamentação das cooperativas de garantias; surgem novos parceiros institucionais e financeiros de peso, a exemplo do Sistema Sicredi; e, recentemente, as seis garantidoras de crédito paranaenses criaram a SGC Central, que vem a ser a primeira entidade de segundo piso no país.

Com o início das operações da SC Garantias, em Santa Catarina, no mês de outubro, a Rede Nacional de Garantias já conta com 12 garantidoras de crédito em funcionamento. Foram criadas também duas outras SGC(s) em Goiás – GarantiGoiás – e em São Paulo – SGC Paulista –, que começarão a emitir as primeiras cartas de garantias no próximo ano.

Além disso, há outras iniciativas em andamento em Santa Catarina e em Rondônia, que podem resultar na constituição de novas garantidoras de crédito. A última oficina técnica das SGC(s) realizada em Vitória, na semana passada, também contou com observadores do Sebrae do Espírito Santo, de Pernambuco e do Amapá. “São ações embrionárias que apontam uma tendência de expansão crescente do sistema brasileiro de garantias”, comenta Adalberto Luiz, coordenador do projeto de garantias mútuas do Sebrae Nacional.

Adalberto aponta, ainda, o interesse de outras entidades robustas, como a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o BNDES, com quem o Sebrae Nacional vem conversando nos últimos meses, bem como a possibilidade de instituição do Sistema Nacional de Garantias de Crédito no âmbito da regulamentação do artigo 60 do Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, que visa facilitar o acesso dos pequenos negócios ao crédito e aos demais serviços das instituições financeiras

Resultados da oficina técnica em Vitória

A terceira oficina técnica das SGC(s) em 2017, que ocorreu logo após o III Fórum de Cidadania Financeira, em Vitória, também discutiu propostas diretamente relacionadas com a ampliação e a sustentabilidade do projeto. “A oficina foi produtiva em seus debates e com a identificação de ações que visam a sustentabilidade das SGC(s), demonstrando a maturidade alcançada nesses anos de atuação”, afirma Magaly Tânia Dias de Albuquerque, gerente-adjunta da Unidade de Acesso a Serviços Financeiros (UASF) do Sebrae Nacional.

O diretor financeiro da Garantinorte/PR, Rodolfo Tramontini Zanluchi, endossa a avaliação da gestora do Sebrae Nacional a destaca a unidade entre os dirigentes e executivos como o ponto forte das SGC(s). “A consolidação do sistema de garantias é uma tarefa árdua que temos pela frente. Porém, há unidade total entre nós para viabilizar esse propósito comum. Afinal, esse é um projeto em que todos ganham”, aposta Zanluchi.

O presidente da SC Garantias também considera que as SGC(s) estão trilhando o caminho correto. “As discussões que tivemos em Vitória fortaleceram as nossas convicções de que será possível alastrar as operações de garantias para atender às demandas de microcrédito dos pequenos negócios”, afirma Júlio Cesar Corrêa Burgo, que anunciou durante a oficina que, nos próximos 12 meses, a nova SGC pretende emitir 2,7 mil cartas de garantias para microempreendedores individuais formais e informais.

A metodologia para a fixação de metas de desempenho das demais garantidoras de crédito para 2018 também mudou. “A partir de agora, cada SGC(s) se reunirá com o Sebrae de seu estado para definir metas que corresponderão a percentuais específicos das carteiras de crédito para pessoas jurídicas das cooperativas financeiras parceiras”, informa Adalberto Luiz.

O coordenador do projeto de garantias mútuas do Sebrae Nacional apresenta , ainda, outros ajustes estratégicos no modelo de gestão dos sistema de garantias para o próximo ano. “Os dirigentes presentes na oficina técnica referendaram a proposta de as SGC(s) destinarem 25% das cartas emitidas para a modalidade investimento. O valor máximo das cartas de garantias também não poderá ultrapassar o valor de R$ 200 mil”, destaca Adalberto.

Por fim, esses ajustes estratégicos recomendam colocar foco nas cooperativas de crédito e nos bancos e agências de desenvolvimento. “Esses serão os parceiros preferenciais das SGC(s). Portanto, não vamos priorizar parcerias com bancos comerciais no próximo período”, conclui o gestor do Sebrae Nacional.



Portal das SGC, Ronaldo de Moura

Matéria produzida em 16 de novembro de 2017.

Fonte: www.garantidorasdecredito.com.br

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