SUPERAÇÃO Ex-jogador Neto, que sobreviveu ao acidente da Chapecoense, faz palestra em Palotina
segunda, 24 de julho de 2023
ACIPA
Um grande público compareceu à Asfuca para a palestra com o ex-jogador de futebol, Neto Zampier, que sobreviveu ao acidente aéreo da Chapecoense, em 2016. A palestra “Sobre Viver” foi promovida nesta quinta-feira (20), pela Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Palotina (Acipa), com apoio da C.Vale.
O ex-zagueiro da Chapecoense lembra que, até chegar à final da Copa Sul-Americana de 2016, por diversas vezes pensou em largar o futebol e tentar ganhar a vida de outra forma. Segundo o próprio, pairava sobre ele uma “aura negativa para desistir”. Em todas essas ocasiões, porém, surgiram pessoas importantes da sua vida, como o pai, Helam, a mãe, Valéria, e a esposa, Simone.
Um episódio emblemático envolveu todo o trio, quando sua companheira descobriu um cisto no ovário. O jogador resolveu parar a carreira, que lhe rendia pouco mais de R$ 1 mil por mês. Resolveu voltar a estudar, atuar no futebol amador e trabalhar em bares. Pouco tempo depois, no começo de 2007, soube que seria pai de gêmeos.
“Quando meus filhos foram fazer um ano, não tinha dinheiro nem para festa. Meu pai estava aposentado, pegou um avião, foi até o interior do Paraná com minha mãe. Ela organizou uma festa, ele me chamou de canto e falou: Você saiu de casa para jogar bola. É pai, casou, mas não foi por isso que saiu de casa, saiu por um sonho, não pode parar de jogar – relembra o ex-jogador.
Então ele vivia em Francisco Beltrão, cidade de Simone, de quem recebeu apoio. Foi quando voltou a jogar, pelo Francisco Beltrão Futebol Clube. Depois, defendeu Cianorte e Guarani, onde foi vice-campeão da Série B. Em 2013, foi contratado pelo Santos, seu último time antes da Chapecoense. Foi na Chape que ele viveu seu auge como jogador. O ápice seria a final da Copa Sul-Americana. Até que, quando viajava para disputar a partida mais importante de sua vida (e do clube), o avião do voo 2699 da LaMia caiu na Colômbia vitimando 71 das 77 pessoas embarcadas. Chegou a ser declarado morto, mas foi o último a ser encontrado vivo em estado crítico. Neto contou que o processo de recuperação foi longo e doloroso, mas a fé foi a fonte na qual ele buscou forças para trazer palavras de superação e ânimo. “Nunca desista de seus sonhos. Se tiver que recomeçar, recomece sempre”, disse.
Crédito: Assessoria/Acipa
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