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ACIC

quarta, 18 de maio de 2016

“NÃO SE DISCUTE PRORROGAÇÃO E SIM INÍCIO DE UM NOVO CONTRATO”, DIZ VIANA NA ACIC

Diretores da Ecocataratas e da Acic participaram de um encontro na manhã desta terça-feira, na Sala Paraná. O diretor da concessionária Evandro Viana repassou informações sobre o grupo que representa e dos contratos de pedágio e afirmou que o debate hoje não é em torno de prorrogação dos atuais e sim de um novo contrato de pedágio com as empresas com suporte de um novo modelo de concessão. Viana informou que essa decisão, entretanto, não cabe ao governo estadual e sim ao Ministério dos Transportes.
A Ecocataratas, que administra o Lote 3 do Anel de Integração Rodoviário, faz parte do grupo Ecorodoviais, que detém sete concessões em âmbito nacional. Ela atua em seis estados e os mais de 5,6 mil quilômetros que gere recebem, anualmente, fluxo de 170 milhões de veículos. O lote 3, entre Guarapuava e Foz do Iguaçu, estende-se por 387 quilômetros, além de 71,8 quilômetros de acessos secundários. O contrato de concessão com o governo do Estado foi assinado em 14 de novembro de 1997.
Evandro apresentou um histórico da concessão, dos aditivos, dos desequilíbrios financeiros dos contratos e da retirada de obras do acordo original. O diretor informou sobre a estrutura mantida no Lote 3 que, entre outros, conta com um centro de controle, cinco praças de pedágio, duas balanças de pesagem 6 serviços de atendimento ao usuário, além de veículos e equipamentos. Juntos, os caminhões e automóveis de apoio percorrem 360 mil quilômetros por ano no trecho concessionado da rodovia. Apenas para atendimento de saúde, a concessionária tem mais de 80 profissionais.
O diretor informou que o tráfego no lote, considerando o proposto e o real, tem variação negativa de 15%, mas que essa diferença era um risco e foi assumido pela empresa. A receita da Ecocataratas em 2015, considerando acessórios (locação de veículos, placas publicitárias e outros), foi de R$ 274 milhões. Desse montante, R$ 74 milhões foram destinados a investimentos, R$ 90 milhões para despesas e R$ 51 milhões pagos em impostos.
De 1998 até o ano passado, o total da receita da concessionária, segundo Evandro Viana, foi de R$ 2,3 bilhões. Dessa soma, R$ 1 bilhão foram para cobrir despesas, R$ 600 milhões para investimentos e R$ 357 milhões destinados a impostos. O diretor disse também que o contrato original previa 159 quilômetros de duplicação, nos trechos entre Cascavel e Santa Terezinha de Itaipu e entre Guarapuava e Cascavel. No entanto, com o aditivo que reduziu tarifas, no governo de Roberto Requião, as obras de aumento de capacidade de fluxo foram retiradas do contrato e deixaram de ser obrigação da concessionária.
Viana informou sobre a TIR, Taxa Interna de Retorno, que segue a mesma do início, de 16,43% - para obras novas, a TIR fica entre 8% e 9%. Uma posição que o diretor fez questão de deixar clara é que todas as informações, de forma detalhada, são mensalmente repassadas ao DER. Citou ainda que outros modelos de pedágio pelo Brasil, mais recentes que o do Paraná, estão com problemas de equilíbrio de tarifa e atraso no cronograma de obras. A oscilação dos cenários do País leva a mudanças e geram dúvidas, afirmou. Em caso do início de um novo contrato com as atuais empresas, ressaltou Evandro Viana, há oportunidades de investimentos no Lote 3, como a duplicação da BR-277 entre Cascavel e Matelândia, construção de passarelas, trevos e passagens em desnível.

Fonte: Crédito: Divulgação

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