O economista e professor do câmpus da Unioeste em Toledo, Jandir Ferreira de Lima, participou de recente encontro com empresários e colaboradores de associações comerciais na Acit. Jandir apresentou dados de um estudo técnico que aponta sobre desafios e oportunidades à região. Alguns números mostram a força econômica regional e outras dificuldades que o Oeste deverá enfrentar, por exemplo, em aspectos ligados a questões ambientais.
A apresentação listou os municípios da região com os maiores PIBs, (Produto Interno Bruto), com base em indicadores de 2011. O maior é o de Foz do Iguaçu, com R$ 7,6 bilhões, seguido de Cascavel com R$ 6 bilhões, Toledo com R$ 2,6 bilhões, Marechal Cândido Rondon com R$ 1,1 bilhão e Palotina, com R$ 1 bilhão. Juntos, somavam à época, PIB de R$ 18,3 bilhões, ou 65% dos R$ 28 bilhões alcançados no exercício.
O professor também informou, com base em números estatísticos de 2011, os maiores PIBs per capita do Oeste. Capitão Leônidas Marques, município de apenas 14 mil habitantes, era o primeiro nos levantamentos de 2002 e 2005, com renda de R$ 29.479 e de R$ 32.561, mas perdeu a posição para Cafelândia em 2011, que somou R$ 40.623. Capitão, por sua vez, alcançou R$ 36.997.
Na sequência aparecem Palotina, com R$ 34.601; Maripá, com R$ 33.806; Foz do Iguaçu, com R$ 29.830; Céu Azul, com R$ 27.701; Entre Rios do Oeste, com R$ 27.196; Quatro Pontes, com R$ 25.034; Marechal Cândido Rondon, com R$ 24.618 e Tupãssi, com R$ 23.036. Com base no indicador de 2011, Cascavel e Toledo não figuravam entre os dez principais PIBs per capita do Oeste. Quanto à renda domiciliar per capita, dado de 2010, em primeiro aparecia Curitiba, com R$ 1.516, Entre Rios do Oeste (em quarto no Estado), com R$ 1.021; Cascavel (6º), com R$ 965,96; Quatro Pontes (7º), com R$ 909 e Marechal Cândido Rondon (8º), com R$ 893.
Meio ambiente
Além do panorama estatístico, o professor Jandir informou que em 2025, 70% do planeta será afetado por estiagem, inclusive a região Oeste do Paraná. Aqui, a previsão é de longos períodos sem chuva, afetando a estrutura produtiva. Jandir disse também que de cada US$ 10 gerados na economia mundial, US$ 7 provém da economia do conhecimento, que Oeste tem como trunfos o fortalecimento e a ampliação de cadeias produtivas, do início das discussões do Programa Oeste em desenvolvimento e os potenciais da integração bioceânica e da ferrovia Norte Sul.
Ela ressaltou seis pontos como fundamentais para o presente e para o futuro da região: Políticas efetivas de preservação e recuperação dos recursos naturais; A boa governança municipal; Criar novas perspectivas de emprego e renda nos municípios periféricos; Manutenção e ampliação da infraestrutura urbano e regional; A cooperação entre os organismos civis e as municipalidades; A capacidade de diversificar a base produtiva e ampliar a qualificação da população.
Outros debates
O encontro da Caciopar em Toledo abriu espaço também para capacitações de executivos e de membros dos conselhos do jovem empreendedor e da mulher empresária e executiva. Os executivos tiveram contatos com o gestor de projetos e de relações institucionais da Faciap, Marcio Vieira. Já os conselheiros jovens e da mulher participaram de painéis coordenados pelos consultores regionais da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste.
Os conselhos da mulher e do jovem empreendedor tiveram a oportunidade, na ocasião, de planejar ações da gestão regional. Os inscritos também foram informados sobre o planejamento estratégico da Caciopar, sobre o Programa Oeste em Desenvolvimento e participaram de palestra sobre Cooperação empresarial, com conferencista Robson Dutra. De acordo com o presidente da Caciopar, Sergio Marcucci, o evento agregou muito em favor dos próximos projetos das Aces e da Coordenadoria em âmbito regional.
Fonte: Crédito: Assessoria