Ecocataratas detalha acordo de plano de leniência
terça, 22 de setembro de 2020
CACIOPAR
O superintendente da Ecocataratas, Sílvio Caldas, participou de reunião de diretoria da Caciopar na manhã desta terça-feira para informar sobre as obras do plano de leniência desenvolvido em conjunto com o governo estadual e o DER (Departamento de Estradas de Rodagem). Do acordo de reparação às irregularidades apuradas no contrato no Lote 3 do Anel de Integração, R$ 130 milhões serão destinados a melhorias na BR-277.
Quatro obras foram definidas como prioritárias: a reestruturação do Trevo Cataratas, implantação de alças do km 585 no bairro Periollo, construção do viaduto Costa e Silva em Foz do Iguaçu e implantação de terceiras faixas entre Cascavel e Guarapuava. Sílvio informou que estão previstos 13 quilômetros de faixas extras, principalmente nas regiões entre Cascavel e Guaraniaçu, em Laranjeiras do Sul e Guarapuava. “Em alguns trechos, temos até 30 quilômetros sem pontos de ultrapassagem”.
Trevo
A intenção é executar as quatro obras, mas Sílvio afirmou que há risco de o dinheiro destinado não ser suficiente. O que está garantida é a reestruturação do trevo, que atualmente recebe fluxo de 45 mil veículos por dia. “E isso faz desse entroncamento um dos principais gargalos rodoviários do Paraná”. Sílvio lembrou que o trevo foi colocado como prioridade nas diversas reuniões para debater as obras do acordo de leniência.
O trevo recebe o fluxo de três rodovias federais (277, 369 e 467) e também é o principal acesso à avenida Brasil. Para fazer a obra acontecer será necessário construir quatro quilômetros de desvios – 90% deles serão utilizados depois como alças, marginais ou novas ruas. Os semáforos deixarão de existir e o tráfego seguirá normalmente durante todo o prazo exigido para executar o projeto, previsto para dois anos.
O superintendente informou sobre as desapropriações que terão o menor impacto possível devido à característica da região que tem várias empresas. Com a otimização do projeto, apenas quatro terrenos serão desapropriados. Ele citou ainda sobre cuidados com a segurança e questões ambientais. O trevo está todo licenciado para a execução das obras. Em caso de eventuais acidentes com veículo de cargas perigosas existirá um recurso, uma espécie de caixa, para contenção de materiais perigosos.
A obra vai ser dividida em três fases. Inicialmente será feita uma espécie de anel viário para movimentação do fluxo e depois disso as obras ocorrerão na área central do trevo. Serão nove quilômetros de alças, 70 mil metros quadrados de pavimentação, dois quilômetros de bueiros, 230 postes de iluminação, dois viadutos com 900 metros quadrados, construção de nova passarela, além de defensas e outras proteções para maior segurança dos usuários. Sílvio exibiu um vídeo do que será feito e de como ficará o trevo quando estiver pronto. Ele também esclareceu dúvidas dos participantes.
Outros assuntos
O presidente da Caciopar, Alci Rotta Júnior, agradeceu a participação de Sílvio Caldas e afirmou que a reestruturação do trevo Cataratas é uma grande vitória do Oeste do Paraná. “O que mais pesou no debate foi a questão técnica e a importância dessa obra para a região e ao Estado”, observou o presidente. Além de R$ 130 milhões em obras, outros R$ 92 milhões contemplam a redução da tarifa.
O atual contrato de concessão termina no dia 26 de novembro de 2021 e os recursos para a conclusão já estão garantidos. Sílvio também respondeu a questionamentos dos diretores. Um deles foi sobre possíveis mudanças na Ecocataratas com o acordo de leniência. O superintendente informou que há sim e uma delas é a implantação de um programa de compliance, mecanismo focado no cumprimento de normas e regras de olho em lisura e em transparência nos atos da empresa.
Crédito: Assessoria
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