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MERCADO É MOVIDO PELA VAIDADE

sexta, 27 de junho de 2014

STALIMIR DIZ QUE MERCADO É MOVIDO PELA VAIDADE

A configuração da maioria dos mercados do mundo contemporâneo é alicerçada na vaidade e no desejo de ostentar. Até pode parecer estranho e ir contra às suas ideologias, mas a essência do consumo é essa, disse quinta-feira à noite, na Acic, um dos maiores publicitários brasileiros, Stalimir Vieira. Com passagens por algumas das maiores agências do País, Stalimir veio a Cascavel a convite da RPC e do Núcleo Setorial de Profissionais de Propaganda.
O publicitário fez uma profunda leitura do mercado, do valor da marca e das diferenças básicas entre poupador e empreendedor. Para uma plateia de cerca de 200 pessoas, principalmente empresários, publicitários e acadêmicos, Stalimir deu uma dica: "Quanto mais argumentos e conhecimentos o publicitário tiver, mais segurança e resultados o cliente terá". Ele também afirmou que o mercado é a luz da marca e que se o empresário não pagar essa conta, a empresa tende a desaparecer.
Há aspectos próprios que definem o poupador e o empreendedor. O primeiro, de acordo com Stalimir, vê o mercado como oportunidades de conquistas pessoais e modestas, que oferecerão alguma segurança para quando ele estiver aposentado. Ele trabalha para si e para os seus e procura, de forma planejada, acumular um determinado ganho por um tempo específico, pensando sempre em quando parar de atuar profissionalmente. O foco dele é crescer para dentro, em segredo. "Quanto mais ele poupa, menos aparenta e mais discreto se torna".
Já ao empreendedor, conforme Stalimir, o mercado significa interferir e de deixar a sua marca para a história. Ele é protagonista e o que faz promove movimentos no mercado. "Procura trabalhar para quantos puder e quanto mais crescer maior será a presença dele como ator em sua comunidade". O alvo do empreendedor é expandir-se indefinidamente, construindo valores para fora. Ele entende que a força da sua marca é a sua segurança.
O poupador conforta-se em ver o dinheiro parado, já o empreendedor alegra-se em perceber que ele está circulando. As maiores realizações e ganhos estão postas àqueles que mesmo em momentos de crises e de dificuldades percebem oportunidades de crescer. O empreendedor, conforme Stalimir Vieira, é movido por desafios e sabe que vender a marca é pregar a reputação que ele quer construir. O mercado só é ruim àqueles que o enxergam de forma pessimista e que se cercam de pessoas pouco capazes.
Valor
A contínua construção da marca e da imagem é um processo vital ao crescimento de qualquer negócio. A mesma calça, sem uma determinada marca consagrada grudada nela, vale praticamente nada aos olhos do consumidor. "Um produto vale quanto as pessoas querem pagar por ele. Construir marca é edificar uma percepção de importância, de valor, de utilidade, de conveniência, de conforto emocional para aqueles de quem depende".
No mundo mercantil, as pessoas repetem aquilo de que gostam. Por isso, conforme Stalimir, a religião do consumo é muito forte e a santidade das marcas também. Agregar valor à marca é simples, conforme o publicitário: assumir condição de empreendedor, ter compromisso financeiro com o objetivo, compreender que não está sozinho e que os problemas de empreender não são exclusivos e que os resultados de marketing são a valorização da imagem antes de tudo.
O espaço mais valioso que uma empresa ocupa, ao contrário do que muitos podem pensar, não é o físico, e sim aquele que detém na cabeça do consumidor. Quanto vale um lote nesse ambiente tão especial?, questionou Stalimir. Segundo ele, depende da capacidade de cada um de investir e de entregar o que promete.
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