(45) 3321-1449

Nogaroli fala sobre lições da pandemia em live da Caciopar

sábado, 22 de agosto de 2020

CACIOPAR

As lições da pandemia às empresas e ao associativismo foi o tema de live da Caciopar, sábado, 22 de agosto, com o ex-presidente da Faciap e presidente do Sicoob Sul Jefferson Nogaroli. Diversos temas ligados ao setor produtivo, reflexos do coronavírus nos mais diferentes segmentos e política foram tratados na transmissão com duração de uma hora pelos canais de mídia da Coordenadoria.
A má qualidade na gestão pública é um dos principais fatores, segundo Nogaroli, para fazer do Brasil um dos campeões mundiais em crises. Enquanto o planeta em cem anos teve seis períodos econômica e politicamente conturbados, o Brasil teve 25. “O território é enorme, o povo é bom, mas questões fundamentais de gestão seguem sem solução”. Ele citou também que o País ainda é muito jovem, tem apenas 200 anos de independência mas que chegou a hora de acertar as coisas.
Um dos temas abordados foi o crédito e o movimento dos bancos convencionais que, diante do risco de inadimplência, frearam a liberação de recursos a empresas. Nogaroli disse que o crédito sempre existiu e a juros altos e agora, diante de uma nova realidade de juros baixos, falta dinheiro. A ação rápida do governo, na criação de novas linhas, e o fortalecimento das cooperativas de crédito apresentam uma nova configuração nesse mercado. “E tudo caminha para que os custos do dinheiro a quem empreende passe a ser mais civilizado”. A pandemia acelera também o uso das tecnologias, o home-office e a ampliação de cuidados preventivos de higiene e saúde.
Diante desse contexto, o convidado falou também do crescimento do Sicoob, cooperativa que ele ajudou a fundar. “As decisões ocorrem na base, as taxas e linhas são mais integradas à realidade e quando há sobras os cooperados são diretamente beneficiados”. Ele citou também o papel, principalmente neste momento de crise, das garantidoras criadas pelas associações comerciais. “O associativismo, e a história vai mostrar isso, deixa legados enormes às próximas gerações. “O associativismo empresarial presta serviços relevantes às empresas, ao desenvolvimento das suas comunidades e assumirá papel indispensável na construção de um País melhor”.

Ação rápida
A rapidez do governo federal em adotar medidas de apoio às empresas e aos brasileiros que mais precisam foi destacada por Nogaroli durante a transmissão. “Não fosse isso, a situação estaria ainda mais difícil. O governo é o gerente do Estado e, diante dessa atuação assertiva, vamos sair mais rapidamente da crise. E o Paraná, diante do seu perfil agropecuário, contribuirá para ajudar na recuperação nacional”. As cooperativas, segundo ele, agregam valor às matérias-primas e essa geração de riquezas, e a cadeia que ela movimenta, faz enorme diferença na economia.
Sobre as questões políticas nacionais, Jefferson Nogaroli informou que para ter equilíbrio é fundamental que exista cidadania. “Nós mesmos precisamos dar bons exemplos, e isso começa com as coisas mais simples e triviais do cotidiano”. Quando alguém pega o que não é seu ou estraga um bem público, todos pagamos. Todos somos responsáveis por tudo, de acordo com ele. 
Quanto ao aumento da popularidade de Jair Bolsonaro, Nogaroli diz que tem muito a ver com a decisão do governo de contribuir para solucionar problemas históricos do Norte e Nordeste, principalmente. Também impactam o auxílio emergencial e a sensibilidade em tentar atacar aspectos estruturais, a exemplo do debate para a criação de um programa nacional de renda. Há, nesse contexto, o histórico desafio de melhorar o equilíbrio na distribuição da renda, porque muitos dos que estão na ponta e têm jornadas longas e pesadas são muito mal remunerados. 
Outro ponto nevrálgico são as reformas, porque sem isso não há futuro ao País e a reforma administrativa deve ser a primeira delas, conforme Nogaroli. As principais mudanças passam pelo enxugamento da máquina pública e a adoção de uma nova política de atenção aos servidores. “Não existe servidor público sem iniciativa privada. Estado é a forma como as pessoas se organizaram para que não houvesse a barbárie e para que se evitem os monopólios. O Estado deve ser do tamanho que a sociedade quer”.

Pedágio
O presidente Alci Rotta Júnior, que conduziu a live, perguntou sobre a posição de Nogaroli quanto às novas licitações do pedágio e quanto ao modelo em elaboração e o convidado afirmou o seguinte: “Alguma coisa precisa ser feita porque não dava mais para pagar o pedágio mais caro do mundo. A nova proposta precisa observar tarifa mais baixa, obras no início dos contratos e a participação mais efetiva da sociedade nas discussões em torno do assunto. Ele citou também sobre a intenção de entidades da região de criar empresas para participar ativamente da licitação. “É uma boa iniciativa”, afirmou. 

Crédito: Assessoria

Fonte: caciopar.org.br

Galeria de Fotos