Um dito bastante valorizado entre os hindus afirma que tudo o que tiver que acontecer ocorrerá efetivamente em seu devido tempo. Essa é uma das interpretações possíveis do Oeste em desenvolvimento, projeto que pela primeira vez na história de cerca de 60 anos da região integra todas as suas forças organizadas em um trabalho conjunto de olho em avanços sociais e econômicos contínuos e permanentes.
"Estamos maduros para, a partir de agora, trabalharmos de forma integrada e focados em objetivos comuns", disse na noite de quinta-feira, na Acic, o presidente do projeto, Mario César Costenaro, que é empresário e arquiteto em Toledo. O gerente regional do Sebrae, Orestes Hotz, informa que todas as entidades organizadas são convidadas a participar e a refletir sobre o presente e o futuro do Oeste. "Todos são igualmente importantes na construção de um novo pensar e agir sobre o que se quer para a região", afirmou.
Os primeiros passos do Oeste em desenvolvimento foram dados pela Itaipu, PTI e Sebrae e então, pouco depois, ganhou mais força com a junção da Amop, da Caciopar e do Sistema Fiep. "A ideia central é que todos estejam integrados, por isso setores como o cooperativista e de instituições de ensino e pesquisa são gradualmente envolvidos", conforme Mario. A ação inicial é a elaboração de um detalhado diagnóstico, que começou em 2012. Por meio dele, pela primeira vez na história, os indicadores de uma das frações do território nacional que mais crescem e produzem serão aproximados, interpretados e comporão um único banco de informações.
Cadeias
O secretário-executivo do programa, Jonhei Nazario, informa que o estudo indica as principais cadeias econômicas regionais, chamadas de produtivas, e também daquelas com potencial de crescimento, identificadas como propulsivas. "O aprofundamento indicará potenciais, gargalos, carências e o que deve ser feito para a potencialização de resultados, gerando novas oportunidades e mais riquezas". A metodologia empregada é a da governança, que garantirá ações contínuas para o desenvolvimento e ajustes de ações, tudo com base em um cuidadoso planejamento territorial e que envolverá setores produtivos, institucionais e públicos.
Com indicadores atualizados e confiáveis em mãos será possível planejar e debater caminhos seguros para a ampliação das cadeias econômicas, conforme o economista Flávio Rocha, do PTI (Parque Tecnológico de Itaipu). Todos os trabalhos do projeto serão articulados, do levantamento de informações à elaboração do diagnóstico e de ações efetivas. As cadeias inicialmente trabalhadas serão de material de transporte, turismo, agroalimentar e proteína animal - frango, suíno, peixe e leite. Com o apoio de câmaras técnicas, que pensarão cada setor de forma específica, a proposta será gerar mais renda, mais oportunidades de trabalho e também novos negócios.
Conforme Jonhei, uma das dificuldades que o projeto começa a apresentar é saber que ações primeiramente priorizar. "Por isso, o estudo dedicado e detalhado de cada possibilidade é tão importante, a fim de que as ações ocorram com o sucesso que todos esperam". Esse é um trabalho para e pela região, assim o envolvimento de todos é tão decisivo para o êxito do projeto, conforme Augusto Stein, do Sebrae. "É um trabalho integrado que renderá grandes frutos e que deverá tornar mais fáceis a luta por grandes bandeiras regionais", segundo o presidente da Acic, José Torres Sobrinho.
Os eixos centrais do Oeste em desenvolvimento são infraestrutura e logística, energias limpas e renováveis, pesquisa e desenvolvimento, crédito e fomento, capital social e cooperação. As gestoras do programa são Itaipu, PTI, Sebrae, Amop, Caciopar e Sistema Fiep.
legenda: O presidente do projeto Oeste em desenvolvimento, Mario César Costenaro: a região está madura para unir forças e trabalhar de forma integrada
Fonte: Crédito: Fábio Conterno