O planejamento é a chave para a materialização de grandes projetos estruturais que possam conduzir uma comunidade ao bem-estar, à inovação e à sustentabilidade. Essa é a síntese do Conselho de Desenvolvimento Sustentável de Cascavel, que foi oficialmente apresentado à imprensa durante café da manhã na Acic, na terça-feira. A proposta é, de forma ordenada, participativa e democrática, priorizar ações que possam promover transformações profundas de olho na prosperidade.
O supervisor estratégico da Acic, Juliano Fuzinatto, fez uma recuperação histórica de todo o processo que culmina com a oficialização do Conselho. O ponto de partida foi o Cidades Inovadoras Cascavel 2030, projeto de prospecção para estimular a transformação de ambientes urbanos em espaços propícios à inovação, à criatividade e à criação de empresas e de negócios sustentáveis. Ações que permitam novas perspectivas ao desenvolvimento nos mais diversos campos sociais.
A proposta do movimento é de elaborar visão de futuro, focalizar e priorizar áreas de atuação, identificar oportunidades e potencialidades, mobilizar especialistas e cidadãos e comprometê-los com o futuro da cidade e situá-la dentro de um seleto grupo das que realizam estudos prospectivos. Os trabalhos iniciais foram alicerçados em cinco eixos estruturantes: educação, ação integrada e cidadã, empreendedorismo e inovação, sustentabilidade e tecnologia.
Alguns resultados práticos já foram alcançados, como a elaboração de uma visão global, abordagem de cinco eixos estruturantes, sete áreas prioritárias, sete visões temáticas, 16 vetores de transformação e 64 ações. Os painéis estratégicos foram 36 com a participação de 121 especialistas. Em média, cada encontro conta com a participação de representantes de 15 entidades do respectivo setor em debate. As áreas prioritárias são capital técnico e tecnológico, educação e cultura, energia, saúde e bem-estar, segurança, transporte e mobilidade e urbanismo e meio ambiente.
Conselho
A evolução dessas ações é a criação do Conselho de Desenvolvimento Sustentável de Cascavel, uma ferramenta que busca ajudar a planejar o futuro e a tecer alianças para a execução de ações e projetos que desenvolvam o território. A missão dele, conforme o presidente do G8 (grupo das oito principais entidades do setor produtivo de Cascavel), e da Acic, Alci Rotta Júnior, é de promover o desenvolvimento sustentável alinhando e integrando, democraticamente, os interesses da sociedade.
O Conselho, nos moldes de projetos de sucesso implantados em outros municípios, contará com a participação voluntária e com visão de planejar o futuro de maneira apartidária e sustentável. As definições que darão rumo ao órgão virão de plenárias, da composição de uma diretoria, de reuniões em câmaras técnicas e com a articulação de uma secretaria-executiva.
O Conselho será consultivo e deliberativo, composto por entidades organizadas e terá a validação de uma lei municipal. Um exemplo de ações priorizadas está na Câmara Técnica de Saúde e Bem-Estar: implantação de ações educacionais para a promoção da saúde, integração das diversas áreas e profissionais da saúde e ampliação e otimização da infraestrutura da saúde. As entidades do G8, que dão sustentação inicial ao projeto que envolverá todas as forças organizadas locais, reforçam que a intenção do Conselho é de colaborar como instrumento auxiliar à administração pública municipal.
Apoio
O presidente do Sinduscon/Oeste e vice da Acic, Edson José de Vasconcelos, citou o apoio do prefeito Edgar Bueno ao Conselho. "Edgar entendeu o alcance dessa ferramenta e as contribuições que, a partir de reflexões e de ações de olho no médio e no longo prazos, trará ao futuro sustentável do município. Esse é um movimento em que todos que queiram podem se somar e contribuir para o futuro que queremos e merecemos para Cascavel, uma cidade com mais qualidade de vida, inclusiva, com recursos de mobilidade, desenvolvida e sustentável".
Os projetos abraçados pelo Conselho de Desenvolvimento Sustentável de Cascavel não são para uma única gestão. Deverão ser cumpridas em vários mandatos obras que serão para toda a sociedade. O planejar, de acordo com Edson, permite dar sequência a projetos de longo prazo sem que corram o risco de ser paralisados no caminho, justamente porque foram priorizados e têm a anuência das forças vivas de sua comunidade. "E tudo isso, pensando e executando de forma ampla e com o devido equilíbrio", conforme Edson José de Vasconcelos.
Outro aspecto relevante em todo o processo é que movimentos similares anteriores foram necessários porque ajudaram a criar as condições para se chegar ao atual estágio de maturidade e de união em torno de um grande projeto de desenvolvimento sustentável. "O alinhamento e o fortalecimento das entidades é imprescindível para que o Conselho dê certo e frutifique. Não temos outro caminho. Todos devemos trabalhar em favor da cidade do futuro que queremos para viver e deixar como herança às próximas gerações", afirma Edson.
Fonte: Crédito: Cadini
