Mesmo diante de estudos, de alertas de especialistas e da proibição da técnica em vários países, a ANP (Agência Nacional de Petróleo) insiste em seguir com leilões de blocos, por boa parte do País, para a exploração do gás de xisto por meio da fratura de rocha. A Caciopar (Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste do Paraná), que representa 47 Aces, volta a se manifestar contrariamente à atitude da ANP e do método que é tão ambientalmente nocivo.
O presidente da Caciopar, Sergio Antonio Marcucci, diz que as entidades e a comunidade precisam ficar atentas e se manifestar contra uma intenção tão contrária e arbitrária aos verdadeiros interesses nacionais. “Com tantas opções e em um país tão ensolarado, será mesmo que não existem outros recursos senão esse que comprovadamente faz tão mal à natureza e à vida”, questiona Marcucci, que é de Marechal Cândido Rondon.
A Caciopar já realizou encontros para aprofundar o tema e especialistas detalharam sobre os prejuízos que o método provoca. Há sérios danos ao lençol freático, a utilização absurda de água no processo, contaminações do solo e riscos até à saúde de animais e de pessoas. Os resíduos são tão potentes e perigosos que ainda não existe no mundo uma forma de adequadamente armazená-los e tratá-los. “Diante de tudo isso, quais são realmente os interesses que movem a ANP para seguir com os leilões de blocos para a exploração do gás de xisto, inclusive no Oeste do Paraná”, pergunta Sergio.
A partir do exemplo de Foz do Iguaçu, que criou uma lei que impede o uso da técnica do fracking em seu território, outras cidades da região, como Toledo, Cascavel e Nova Santa Rosa, seguiram na mesma direção. Diante dos novos leilões neste mês, no último domingo cerca de mil pessoas foram às ruas em Toledo para protestar. O movimento foi organizado pela prefeitura e contou com o envolvimento de inúmeras entidades, entre elas a Associação Comercial e Industrial de Toledo
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